Surto de Influenza

Surto de Influenza pressiona sistema de saúde: 13 estados em alerta

O Brasil enfrenta um novo desafio de saúde pública com o avanço dos casos de Influenza e outras infecções respiratórias.

Cris Collina
09/05/2025
4 minutos de leitura

Boletim InfoGripe aponta aumento de internações por SRAG e reforça urgência da vacinação, sobretudo entre idosos e crianças

O Brasil enfrenta um novo desafio de saúde pública com o avanço dos casos de Influenza e outras infecções respiratórias.

Segundo o boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (8) pela Fiocruz, 13 estados já apresentam níveis elevados de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com destaque para o crescimento entre jovens, adultos e, principalmente, idosos.

O documento, que analisa dados da Semana Epidemiológica 18 (27 de abril a 3 de maio), também alerta para o aumento expressivo de SRAG entre crianças de até dois anos, impulsionado pela circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). Ainda que algumas regiões mostrem sinais de desaceleração, os números seguem altos.

“Mesmo com a desaceleração em algumas regiões, como o Centro-Oeste e parte do Sudeste, a circulação do VSR entre os pequenos continua preocupante”, afirma a pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz.

Influenza A lidera em letalidade

Em 2025, entre os casos de SRAG com identificação viral, o VSR foi responsável por 40,4% das infecções, seguido por rinovírus (27,2%), Covid-19 (18,6%) e influenza A (13%). Apesar de não liderar em número de casos, a influenza A foi responsável por 56,1% das mortes por vírus respiratórios nas últimas semanas — um dado que acende o alerta para sua gravidade.

A Covid-19 segue como a principal causa de morte por SRAG entre idosos, mas a influenza A ocupa o segundo lugar, reforçando a necessidade de proteção dessa faixa etária.

Estados em situação crítica

Atualmente, 13 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco:

  • Amapá
  • Bahia
  • Ceará
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Paraná
  • Pará
  • Rio Grande do Sul
  • Rio de Janeiro
  • Rondônia
  • Santa Catarina
  • São Paulo
  • Tocantins
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Fonte: FIOCRUZ

Em Minas Gerais, o governo estadual decretou estado de emergência em saúde pública nesta semana após explosão nos atendimentos e internações. Em São Paulo, pronto-socorros lotados, longas filas e hospitais à beira do colapso ilustram a gravidade da situação.

Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Brasília, Macapá e Palmas também apresentam cenários críticos.

Sintomas e cuidados

Os sintomas mais comuns da influenza incluem:

  • Espirros
  • Tosse
  • Dor de garganta
  • Febre
  • Dores no corpo
  • Fadiga
  • Falta de apetite

Especialistas recomendam ter uma recomendação médica para o tratamento, a fim de evitar a automedicação e repouso, hidratação, isolamento domiciliar e a busca por um serviço de saúde hospitalar em caso de piora, sobretudo para pessoas com comorbidades ou em grupos de risco.

“Pedimos que as pessoas dos grupos elegíveis que ainda não se vacinaram contra a influenza o façam o quanto antes”, reforça Tatiana Portella.

Vacinação: cobertura baixa e imunizante limitado

Apesar da campanha nacional de vacinação estar em andamento, a adesão segue abaixo do ideal. Outro entrave é o uso restrito da vacina trivalente, que protege contra duas cepas de influenza A e uma de influenza B.

Enquanto isso, a rede privada oferece a vacina tetravalente, que inclui duas cepas de cada tipo e amplia a proteção — especialmente relevante, já que, em metade das últimas temporadas, a cepa de influenza B contida na vacina trivalente não foi a predominante.

Desde 2023, a população acima de 60 anos pode acessar, nos serviços privados, uma vacina tetravalente de alta concentração (high dose), mais eficaz para esse grupo devido à resposta imunológica reduzida pela idade e doenças crônicas.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda o uso preferencial da vacina tetravalente. Quando indisponível, a trivalente deve ser utilizada, especialmente entre os mais vulneráveis.

Novidade no SUS: a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) foi incorporada recentemente ao sistema público e deve ser disponibilizada no segundo semestre. A medida poderá reduzir casos de bronquiolite, que também sobrecarregam os serviços de saúde.

Como se prevenir

Além da vacinação, medidas simples ajudam a frear a transmissão de vírus respiratórios:

  1. Higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
  2. Use lenços descartáveis para higiene nasal.
  3. Cubra boca e nariz ao tossir ou espirrar.
  4. Evite tocar olhos, nariz e boca.
  5. Não compartilhe objetos de uso pessoal e alimentos, assim como evitar o compartilhamento de bebidas.
  6. Mantenha ambientes ventilados.
  7. Evite contato próximo com pessoas gripadas.
  8. Fique em casa durante o período de transmissão.
  9. Evite aglomerações e ambientes fechados.
  10. Tenha hábitos saudáveis: boa alimentação e hidratação.

Ambientes mais seguros com higienização eficaz

Diante do surto, cresce também a importância da higienização de ambientes públicos e privados. A Oleak, empresa especializada em soluções de limpeza profissional, oferece produtos com eficácia comprovada contra o vírus Influenza.

Destaque para o Opticare (para higienização das mãos) e o Optigerm Pronto Uso (para superfícies), utilizados em hospitais, clínicas e escolas.

“É fundamental reforçar as medidas de prevenção, e isso passa por produtos eficazes e testados. Temos comprovação laboratorial de que nossas soluções eliminam o vírus Influenza, ajudando a conter surtos como o atual”, explica Marielly Herrera, responsável técnica da Oleak.

Com mais de 50 mil casos de SRAG registrados apenas em 2025, dos quais quase metade atribuídos a vírus respiratórios, o cenário exige resposta rápida. Enquanto o Brasil ainda enfrenta desafios de vacinação e superlotação hospitalar, a prevenção — com vacina, higiene e conscientização — segue sendo a arma mais poderosa contra o colapso do sistema de saúde.

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