Facilities Management

De Executor a Protagonista: A Jornada do FM

Saiba quais as principais transformações que já vivenciamos no mercado e as tendências que moldam o futuro de FM.

Celso Toshio Saito
30/04/2025
3 minutos de leitura

A história do Facilities Management (FM) começou de forma discreta, muitas vezes localizada nos bastidores das empresas, sem uma identidade própria. Era chamado de Manutenção, Administração Geral, Serviços Gerais, entre outros. Embora responsável por uma parte significativa dos custos operacionais — frequentemente o segundo ou terceiro maior custo dentro das organizações —, o FM era visto apenas como um centro de despesas, subvalorizado e constantemente questionado.

Com o tempo, no entanto, essa realidade mudou. O FM passou por uma jornada notável de amadurecimento e hoje emerge como um componente estratégico e vital para o sucesso das empresas.

No passado, a gestão de instalações era majoritariamente reativa: manutenção predial, limpeza, segurança e apoio administrativo. O foco estava na execução eficiente das tarefas básicas, geralmente desconectadas dos objetivos estratégicos da organização. O gestor de FM era o “resolvedor de problemas”, acionado apenas em situações de emergência.

As últimas décadas, porém, trouxeram mudanças profundas. A crescente complexidade dos ambientes de trabalho, o avanço tecnológico acelerado, a demanda por práticas sustentáveis, o foco no bem-estar dos colaboradores e a necessidade de eficiência operacional transformaram o papel do FM. De executor pontual, o gestor passou a ser envolvido no planejamento estratégico, participando das adaptações necessárias para manter a competitividade e a resiliência das empresas.

A ascensão dos modelos híbridos e flexíveis de trabalho também colocou o FM no centro das discussões sobre a experiência do colaborador. A gestão de instalações deixou de ser apenas sobre prédios e passou a ser sobre pessoas: criar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e adaptáveis se tornou essencial para a atração e retenção de talentos.

A sustentabilidade é outro pilar dessa transformação. A gestão eficiente de recursos, a redução de resíduos e a adoção de práticas verdes não apenas contribuem para a responsabilidade social corporativa, mas também geram economia significativa no longo prazo. O profissional de FM, assim, se tornou um agente de mudança, liderando projetos que equilibram responsabilidade ambiental e desempenho econômico.

Hoje, o gestor de Facilities Management é um protagonista. Suas atribuições envolvem:

  • Alinhamento estratégico: Integrar a gestão de espaços e serviços aos objetivos da empresa.
  • Gestão de custos e orçamento: Otimizar recursos e identificar oportunidades de economia.
  • Gestão de riscos: Antecipar e mitigar riscos relacionados à segurança, saúde e conformidade.
  • Gestão da experiência do usuário: Criar ambientes que impulsionem produtividade e bem-estar.
  • Inovação e tecnologia: Implementar soluções tecnológicas que agreguem valor.
  • Sustentabilidade: Adotar práticas que reduzam impactos ambientais e otimizem recursos.
  • Gestão de contratos e fornecedores: Assegurar a entrega de qualidade com parceiros alinhados.

Para assumir essa posição de protagonismo, o profissional de FM precisou expandir suas competências. Além do domínio técnico, hoje são essenciais habilidades de liderança, comunicação estratégica, resolução de problemas complexos, pensamento crítico, adaptabilidade e, principalmente, capacidade de traduzir dados em valor para a alta gestão.

O FM deixou de ser visto como um custo necessário e passou a ser reconhecido como um diferencial competitivo, capaz de impactar diretamente a cultura organizacional, a produtividade e os resultados financeiros.

Ainda é comum encontrar profissionais que sentem dificuldade em explicar o que fazem — ou até sentem vergonha da profissão. Mas isso faz parte do passado. Hoje, temos fatos concretos que consolidam nossa posição estratégica:

  • A existência de departamentos estruturados e diretorias de FM em grandes organizações.
  • A criação da norma ISO 41001, específica para Facility Management.
  • O reconhecimento oficial da profissão pelo Ministério do Trabalho, com a inclusão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) sob o código 1421-40.

O futuro do FM será ainda mais dinâmico. A tecnologia, a experiência humana e a construção de ambientes resilientes serão os grandes focos. O gestor de Facilities será cada vez mais o profissional que antecipa tendências, resolve demandas presentes e prepara o caminho para as necessidades futuras.

Por isso, ter orgulho da nossa profissão é essencial — mas o reconhecimento virá para aqueles que adotarem uma postura proativa, buscarem constante aprimoramento, resolverem problemas de forma estratégica, encantarem clientes internos e implementarem projetos sustentáveis e inovadores.

Se você quer entender ainda mais sobre essa transformação e descobrir como se preparar para o futuro do FM, te convido para o nosso 1º webinar da série de bate-papos da Oleak:

📅 Data: 13/05/2025
Horário: 19h00
🎯 Tema: De Executor a Protagonista: A Jornada do Facilities Management
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Sucesso!

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