O Dia Mundial de Segurança do Paciente, comemorado em 17 de setembro, tem como objetivo aumentar a conscientização global sobre a segurança no cuidado à saúde e promover ações que reduzam riscos e danos aos pacientes.
Estima-se que, anualmente, 2,6 milhões de óbitos sejam decorrentes de eventos adversos (EA) relacionados à atenção à saúde em hospitais no mundo. Tendo em vista que grande parte dos EA são evitáveis, faz-se necessária a implementação de estratégias e políticas públicas destinadas a reduzir danos aos pacientes e o seu monitoramento constante.
Este ano, a meta de destaque é a redução das infecções associadas aos cuidados de saúde, uma das principais preocupações do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
Neste artigo, contamos com a contribuição de Viviane Bella, enfermeira especialista em neonatologia da Oleak, que nos ajudará a entender melhor as estratégias e práticas recomendadas para alcançar essa meta.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e suas Metas
O PNSP, instituído pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013, tem como objetivo qualificar o cuidado em saúde em todas as unidades de saúde, públicas e privadas, no Brasil. Um de seus pilares é a criação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP), essenciais para a promoção de iniciativas voltadas à segurança.
A segurança do paciente exige uma colaboração efetiva entre profissionais de saúde, pacientes e familiares. Quando informados sobre os riscos, pacientes podem contribuir ativamente para garantir o cumprimento de medidas de segurança. Um exemplo é a participação ativa do paciente na verificação do local correto de cirurgia, minimizando erros.
Entre as metas do PNSP estão:
1. Identificar corretamente o paciente
2. Melhorar a eficácia da comunicação
3. Melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância
4. Assegurar que cirurgias sejam realizadas no local correto, com o procedimento correto e no paciente correto
5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde
6. Reduzir o risco de danos decorrentes de quedas
Fonte: Ministério da Saúde e Anvisa
Dentre essas metas, a redução das infecções associadas aos cuidados de saúde, conhecidas como Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), é de extrema importância, já que representam uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em hospitais.
Meta 5: Reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde com a higienização das mãos
A Meta 5 do PNSP, que visa “Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde”, é essencial para promover um ambiente mais seguro para pacientes e profissionais. Aproximadamente 30% das IRAS podem ser prevenidas com práticas adequadas de controle de infecção. Entre as infecções mais comuns estão as infecções do trato urinário, pneumonias associadas à ventilação mecânica, infecção da corrente sanguínea associada Cateter Venoso Central e infecções de sítio cirúrgico.
Importância da Redução de Infecções
A redução das IRAS é fundamental para melhorar a qualidade do atendimento, reduzir os custos hospitalares e minimizar o uso excessivo de antibióticos, prevenindo a resistência antimicrobiana. Segundo a enfermeira Viviane Bella, “as práticas de controle de infecção são indispensáveis em qualquer ambiente de cuidados de saúde. Medidas como a correta higienização das mãos, uso adequado de EPIs, desinfecção de superfícies e esterilização de materiais são cruciais para a prevenção das IRAS.”
Estratégias de Prevenção de Infecções: a perspectiva da Oleak
A Oleak, empresa comprometida com a segurança hospitalar, desenvolve soluções inovadoras para a prevenção de infecções. Entre as estratégias destacadas pela enfermeira Viviane Bella estão o desenvolvimento de produtos de limpeza e desinfecção específicos para o ambiente hospitalar, com comprovação garantida por testes in loco. A empresa também oferece treinamentos contínuos para profissionais de saúde, baseados em diretrizes internacionais e adaptados às necessidades específicas de cada instituição.
“Na Oleak, acreditamos que a educação continuada é chave para garantir a adesão às práticas de controle de infecção. Nossos programas utilizam gamificação para atrair e engajar os participantes, promovendo melhores resultados”, afirma Viviane Bella.
Boas Práticas e Protocolos de Higiene
Uma das práticas mais eficazes para a redução de infecções é a higienização correta das mãos. Quando realizada adequadamente, essa simples ação pode reduzir significativamente a transmissão de microrganismos. Viviane Bella enfatiza que “a adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde é um desafio constante. Por isso, é essencial promover campanhas internas e auditorias regulares.”
Além da higiene das mãos, outros protocolos incluem a desinfecção regular de superfícies, o uso correto de EPIs, a esterilização adequada de equipamentos médicos e a vigilância ativa das infecções. “Utilizamos desinfetantes hospitalares de alta eficiência, como o Optigerm Pronto Uso, que elimina um amplo espectro de microrganismos em 1 minuto, com efeito residual por 30 dias, sem comprometer a segurança”, explica Viviane.
Promoção de uma Cultura de Segurança
A segurança do paciente depende da promoção de uma cultura de segurança nas instituições de saúde. “Todos os membros da equipe de saúde são responsáveis pela prevenção de infecções e pela segurança do paciente”, ressalta Viviane Bella. Isso requer uma abordagem colaborativa, onde todos os profissionais, desde a equipe de limpeza até os médicos, estejam alinhados com as metas de segurança e recebam o treinamento necessário.
Para fomentar essa cultura, é importante incentivar a comunicação aberta sobre incidentes e riscos. Ferramentas como checklists de segurança e relatórios de eventos adversos ajudam na melhoria contínua e minimização de riscos.
Tecnologia e Inovação como aliadas na redução de infecções
A tecnologia desempenha um papel essencial na prevenção de infecções em ambientes de saúde. A Oleak investe em soluções inovadoras, como o Sistema de Monitoramento Inteligente de Dosadores (MID) que surgiu no mercado como uma inovação crucial para superar esses desafios. A integração de tecnologia no gerenciamento dos dosadores automáticos de álcool gel fornece um monitoramento mais preciso e eficiente. A peça central desse sistema é um QR Code localizado na lateral do dosador, que permite a solicitação imediata de reabastecimento ou manutenção. “Essa tecnologia ajuda a garantir que os padrões de higiene sejam mantidos, mesmo em ambientes de alta demanda, e permitem um controle mais rigoroso das infecções e identificar áreas que precisam de reforço no treinamento”, comenta Viviane.
O Papel Fundamental da Equipe de Enfermagem
Os profissionais de enfermagem desempenham um papel fundamental na implementação e adesão às práticas de prevenção de infecções. Eles estão na linha de frente do atendimento ao paciente e são responsáveis por seguir e reforçar protocolos de segurança diariamente. “A equipe de enfermagem é crucial para o sucesso de qualquer programa de controle de infecção. Eles não apenas implementam as práticas recomendadas, mas também educam os pacientes e seus familiares sobre a importância dessas medidas”, reforça Viviane.
Compromisso Contínuo com a Segurança do Paciente
A segurança do paciente é uma responsabilidade compartilhada, que exige compromisso contínuo de todos os envolvidos no cuidado à saúde. No Dia Mundial de Segurança do Paciente, é crucial reafirmar o compromisso com a prevenção de infecções, adotando as melhores práticas e estratégias disponíveis. Como ressalta Viviane Bella, “a segurança do paciente deve ser sempre a prioridade máxima. Investir em práticas de controle de infecção é investir na vida e no bem-estar de cada pessoa sob nossos cuidados.”
Neste 17 de setembro, convidamos todas as instituições de saúde e profissionais a se unirem em torno desse objetivo comum: proteger nossos pacientes, reduzir infecções e promover uma cultura de segurança e qualidade nos cuidados de saúde. Juntos, podemos construir um ambiente mais seguro para todos.
