Infecções cruzadas em consultórios odontológicos

Oleak
27/02/2023
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Conheça as origens das infecções cruzadas em ambientes odontológicos e como podemos evitá-las.

Infecções cruzadas em consultórios odontológicos

A odontologia é a área da saúde responsável pelo sistema estomatognático, que compreende o crânio, a face, o pescoço e a cavidade bucal. Os profissionais desta área atuam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de problemas relacionados a estas regiões. 

Porém, ao mesmo tempo em que promove a saúde bucal e oferece cuidados, a prática odontológica também pode causar infecções – tanto em pacientes como nos trabalhadores de saúde que os assistem.

Na odontologia, as infecções que causam danos à saúde humana são decorrentes da exposição a microrganismos presentes na mucosa oral, saliva, secreções respiratórias e no sangue (APECIH, 2000). 

Para combatê-las, os especialistas em controle de infecção vêm buscando soluções em higiene, limpeza e boas práticas ao longo dos anos. No artigo a seguir, fizemos um resumo do que se sabe até o momento, acompanhe a leitura!

O que são as infecções cruzadas em consultórios odontológicos?

Infecção cruzada no ambiente odontológico, é a transferência de microrganismos de um paciente para o outro, favorecendo a ocorrência de infecção.  

Durante o tratamento odontológico, podem ser produzidas partículas carregadas de sangue, saliva e secreções nasofaríngeas, que diferem entre si pelo tamanho. São elas: os aerossóis, os sprays e os respingos. Todas podem ser meios de transmissão de doenças e as contaminações ocorrem via área e/ou por contato direto.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um quarto dos pacientes que vão aos consultórios levam consigo doenças que podem ser transmitidas a outros pacientes ou ao dentista e sua equipe, fazendo com que os profissionais de odontologia ocupem o terceiro lugar no ranking dos profissionais mais infectados

Dentre as doenças mais encontradas estão: 

  • catapora;
  • conjuntivite herpética;
  • herpes simples;
  • herpes zoster;
  • mononucleose infecciosa;
  • sarampo;
  • rubéola;
  • pneumonia;
  • papilomavírus humano;
  • HIV;
  • tuberculose;
  • além das hepatites tipo C e B, às quais os dentistas são, respectivamente, 13 e 6 vezes mais suscetíveis. 


Biossegurança em consultórios odontológicos

A biossegurança pode ser definida como “o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” (Atlante, Dabi. A biossegurança no consultório odontológico, 2013). 

Bem, o que fazer então para evitar a contaminação do profissional ou a contaminação do paciente nos consultórios odontológicos? Quais práticas seguir para garantir a biossegurança?

Uso de EPIs

É muito importante que um protocolo de prevenção e controle de infecções ocorra a fim de garantir um atendimento seguro ao paciente e à equipe envolvida. Para isso, devem ser instituídas precauções padrões por meio do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) para profissionais e pacientes. 

Como exemplo de EPIs temos:

  • Gorros, que garantem uma barreira mecânica contra a contaminação dos cabelos por secreções, por aerossóis e por outros produtos;
  • Máscaras e óculos de proteção, que impedem a contaminação através de respingos de sangue ou outros fluídos corpóreos; 
  • Luvas, que impedem o contato com o sangue, secreções e excreções, que podem contaminar o profissional da área da saúde;
  • Aventais, que devem ser de mangas longas, gola padre e cobrir os joelhos do profissional. Eles devem ser utilizados durante os procedimentos nos quais há possibilidade de contato com material biológico, inclusive em superfícies contaminadas. Podem ser descartáveis ou de tecido.
  • Sapatos fechados, que garantem a segurança dos pés.
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Higiene correta das mãos

Além do uso essencial do EPIs, é necessário adotar diversas outras medidas para que o ambiente odontológico se torne seguro para a equipe que ali frequenta todos os dias e para os pacientes que buscam por cuidados. 

É preciso que os profissionais de saúde estejam em dia com os procedimentos de higiene pessoal, isso porque as mãos são os principais instrumentos de trabalho dos trabalhadores da área.

Além disso, as mãos são a principal via de transmissão de microrganismos que podem migrar de uma superfície para outra, por meio de contato direto ou indireto, contaminando instrumentos e espaços utilizados no dia a dia do profissional de odontologia.

Sendo assim, devido ao protagonismo das mãos, a higienização correta delas é de extrema importância para prevenir a transmissão e a propagação de doenças e para proteger o profissional da saúde e o paciente.

Desinfecção de superfícies 

Estudos mostram que microrganismos causadores de infecções podem sobreviver por muito tempo em superfícies e podem se tornar fonte de contaminação caso a limpeza e a desinfecção não sejam eficazes. 

Implementação de protocolos de segurança

Para finalizar este artigo, deixamos aqui uma recomendação para ser incluída no dia a dia do consultório odontológico. 

Após cada atendimento, deixe a sala sob ventilação com portas e janelas abertas por no mínimo 15 minutos. Assim, o aerossol formado pode ser dispersado. 

Depois desse tempo, comece a recolher todos os resíduos gerados durante o procedimento. Os resíduos deverão ser descartados e os instrumentais e artigos utilizados deverão ser direcionados para o processo de limpeza, desinfecção e esterilização. 

As superfícies deverão ser limpas e desinfetadas com a finalidade de controlar os riscos de infecção à equipe e ao próximo paciente.

Esperamos que este artigo tenha sido útil para você! Para saber mais sobre nossas soluções em artigos de limpeza e higiene na área da saúde, acesse nosso site

Até mais! 

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