Em 2025, a limpeza hospitalar continuará a desempenhar um papel crucial na prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
O aumento da resistência aos antimicrobianos e a crescente complexidade dos cuidados exigem um enfoque renovado em tecnologias de limpeza avançadas, práticas sustentáveis e a capacitação constante das equipes.
A seguir, exploramos as principais tendências que devem moldar o setor de limpeza hospitalar, com contribuições da gerente comercial da Oleak, Regiane Gonzalez.
1. Produtos de Limpeza mais seguros e sustentáveis
A sustentabilidade será uma prioridade em 2025, refletindo a crescente preocupação com o meio ambiente e a saúde dos pacientes. O uso de produtos de limpeza mais seguros e ecológicos está em ascensão, com soluções inovadoras que garantem eficácia sem comprometer o meio ambiente.
Soluções para Controle de Infecções Multirresistentes: Com o aumento da resistência antimicrobiana, a limpeza hospitalar em 2025 terá que se concentrar ainda mais na prevenção de infecções causadas por patógenos multirresistentes. Isso será possível com o uso de produtos especializados, capazes de formar barreiras protetoras em superfícies e prevenir a propagação dessas infecções.
Produtos antimicrobianos: O desenvolvimento de novos produtos que combatem eficazmente as infecções multirresistentes será fundamental. Além disso, os produtos de limpeza terão de ser mais eficazes na eliminação de biofilmes, estruturas complexas formadas por bactérias, que dificultam a eliminação dos patógenos.
Substituição de químicos agressivos: O uso de produtos químicos agressivos na limpeza hospitalar tem sido alvo de críticas devido aos impactos ambientais e riscos para a saúde. Em resposta, a Oleak e outras empresas do setor, passaram a adotar soluções biodegradáveis e mais seguras, que mantêm a eficácia contra patógenos multirresistentes.
As empresas também estão se concentrando na redução do uso de água e energia durante as operações de limpeza, alinhando-se com metas mais amplas de sustentabilidade corporativa.
“A Oleak tem investido em produtos que atendem a esses critérios, garantindo uma limpeza segura e ecológica nos hospitais”, destaca Regiane.
2. Integração de IoT na Gestão de Limpeza
A Internet das Coisas (IoT) será um fator determinante para melhorar a gestão de limpeza hospitalar. O uso de softwares avançados que integram dados em tempo real ajudará na tomada de decisões mais rápidas e eficientes, além de otimizar os recursos, diminuindo os custos hospitalares.
Softwares de gerenciamento: Em 2025, a gestão de limpeza será mais automatizada e baseada em dados. A integração de sensores, dispositivos móveis e sistemas de monitoramento permitirá que os gestores monitorem a eficácia das limpezas, alocando recursos de maneira mais eficiente e gerenciando custos de forma mais eficaz.
Redução de custos e aumento da eficiência: A utilização de sistemas de gestão inteligentes também permitirá a melhoria na programação das atividades, com mais precisão no agendamento de limpezas e no gerenciamento de materiais, aumentando a produtividade das equipes.
3. Tecnologias avançadas de desinfecção
A inovação tecnológica será um dos pilares na luta contra as IRAS em 2025. Tecnologias de desinfecção avançadas, como os robôs autônomos, ganharão destaque na limpeza hospitalar.
Robôs autônomos: Robôs equipados com esta tecnologia são capazes de desinfetar áreas de difícil acesso de forma rápida e eficaz, o que reduz significativamente as chances de infecção hospitalar.
O uso de robôs na limpeza de áreas críticas em hospitais tem mostrado grande eficiência na redução de infecções hospitalares. Equipados com tecnologias como luz ultravioleta (UV-C) e nebulização com peróxido de hidrogênio, esses dispositivos desinfetam ambientes com alta precisão, eliminando até 99,99% dos patógenos, incluindo bactérias resistentes.Porém, é importante ressaltar que seu uso não elimina a necessidade da limpeza antes do procedimento.
Estudos indicam reduções significativas nas taxas de infecção, economia de tempo e maior segurança para as equipes de limpeza, que ficam menos expostas a agentes infecciosos. Apesar do custo inicial elevado e da necessidade de integração com processos manuais, os robôs são um complemento eficaz para a desinfecção hospitalar, especialmente em UTIs e centros cirúrgicos. Seu uso cresce globalmente, impulsionado pela busca por mais segurança e eficiência em tempos de maior atenção à prevenção de infecções.
4. Sistemas inteligentes para monitoramento
Sensores inteligentes: Outra tendência crescente será o uso de sensores inteligentes para monitoramento contínuo. Dispositivos conectados em tempo real permitirão que hospitais monitorem a qualidade do ar e a limpeza das superfícies de maneira precisa. Isso ajudará a identificar áreas de risco, otimizando os processos de desinfecção e garantindo a segurança dos pacientes.
Um exemplo prático do uso de sensores inteligentes em hospitais é a implementação de dispositivos que monitoram a presença de partículas no ar e resíduos microbianos em superfícies de áreas críticas, como Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e salas de cirurgia.
- Monitoramento da qualidade do ar: Sensores instalados em dutos de ventilação e no ambiente hospitalar detectam em tempo real níveis de partículas suspensas, como poeira, ácaros e microrganismos, além de monitorar a concentração de gases potencialmente nocivos. Se os níveis excederem padrões pré-estabelecidos, o sistema emite alertas para a equipe de manutenção, que pode ajustar sistemas de filtragem ou intensificar medidas de controle ambiental.
- Avaliação da limpeza de superfícies: Sensores acoplados a dispositivos de inspeção verificam resíduos orgânicos invisíveis a olho nu em superfícies como macas, equipamentos médicos e mesas de operação. Esses sensores utilizam tecnologia de fluorescência ou espectrometria para identificar a presença de contaminantes. Com isso, áreas que necessitam de limpeza adicional são sinalizadas, permitindo intervenções direcionadas e imediatas.
- Exemplo integrado: Um hospital pode usar um sistema centralizado conectado a sensores distribuídos pelos setores críticos. Quando um sensor detecta níveis elevados de contaminação em uma superfície ou uma queda na qualidade do ar, o sistema envia notificações ao aplicativo usado pela equipe de limpeza. Essa integração permite uma resposta rápida e eficaz, reduzindo o risco de disseminação de patógenos.
Esses sensores não apenas aumentam a precisão e eficiência do controle de infecções, mas também promovem o uso racional de recursos, otimizando os processos de desinfecção e garantindo um ambiente mais seguro para pacientes e profissionais.
Regiane Gonzalez salienta que “o Sistema de Monitoramento Inteligente de Dosadores (MID) representa um exemplo claro de como a tecnologia ajuda a gestão na saúde. Ele é uma ferramenta crucial na busca pela otimização da higiene das mãos em ambientes hospitalares. Ao agilizar o processo de reposição e manutenção dos dosadores, contribui significativamente para a prevenção de IRAS e promove um ambiente mais seguro para pacientes e profissionais de saúde.
Além disso, a coleta e análise de dados fornecem insights valiosos para aprimorar a gestão hospitalar e a eficiência operacional, como por exemplo gerenciar os dosadores que estão sendo utilizados, os que não estão e administrar os pontos de melhor adesão à higienização das mãos. A implementação de soluções inovadoras como o MID representa um passo importante na busca contínua pela excelência na prestação de cuidados de saúde.”
5. Treinamento e Certificação de Profissionais
Com a constante evolução das tecnologias e das práticas de controle de infecções, o treinamento contínuo das equipes de limpeza hospitalar será fundamental. Profissionais bem treinados são essenciais para garantir que as novas tecnologias e produtos sejam utilizados corretamente, promovendo ambientes seguros para os pacientes.
Capacitação contínua: Programas de treinamento devem ser mais frequentes e abrangentes, abordando não apenas o uso de tecnologias avançadas, mas também melhores práticas em termos de técnicas de limpeza, controle de infecções e segurança. Instituições de saúde deverão investir em programas de formação que atendam aos novos padrões e exigências do setor. “A Oleak investe muito nesta área e continuará investindo em 2025, na parceria com os clientes, as instituições de saúde, com treinamento e técnicas de gamificação para obter resultados importantes que contribuam para a prevenção das IRAS e a consequente diminuição das taxas de infecção”, afirma Regiane Gonzalez, da Oleak.
Uma tecnologia inovadora que impacta diretamente o treinamento de profissionais da saúde e contribui para a redução das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) é o uso de realidade virtual (VR) e simulações interativas. Essas ferramentas permitem que os profissionais de limpeza e desinfecção hospitalar sejam capacitados em um ambiente controlado, replicando situações reais com precisão e segurança.
Exemplos práticos de impacto:
- Treinamento com cenários realistas:
A realidade virtual pode simular ambientes hospitalares complexos, como salas de cirurgia ou UTIs, com representações detalhadas de equipamentos e áreas críticas. Nesses cenários, os profissionais são treinados para realizar procedimentos de limpeza e desinfecção, identificando pontos de maior risco e aprendendo técnicas eficazes para eliminar patógenos. - Feedback em tempo real:
Durante as simulações, os sistemas de VR oferecem feedback imediato, destacando erros ou áreas que foram ignoradas. Isso ajuda os profissionais a corrigirem suas práticas antes de aplicá-las no ambiente real. - Integração com certificações:
Programas baseados em VR podem ser alinhados com os critérios de certificações reconhecidas, como a acreditação em práticas de limpeza sustentável. Isso garante que os profissionais estejam qualificados para atender às exigências do setor e melhorar a qualidade do serviço.
Instituições que implementaram tecnologias de treinamento em VR relatam redução significativa nas taxas de IRAS. O aprendizado imersivo permite que os profissionais não apenas compreendam, mas internalizem as melhores práticas de higiene e controle de infecções. Em 2025, espera-se que essa abordagem se torne um padrão em hospitais que buscam excelência e segurança para pacientes e colaboradores.
Certificações específicas: A busca por certificações em práticas de limpeza verde e controle de infecções será uma tendência crescente. Certificações como a acreditação em limpeza sustentável podem se tornar um diferencial competitivo para as instituições, além de garantir a qualidade do serviço prestado.
O futuro da higiene hospitalar e da prevenção de IRAS em 2025 está fortemente pautado pela inovação tecnológica, sustentabilidade e pela capacitação das equipes de limpeza. A adoção de novas tecnologias, sensores inteligentes e soluções automatizadas, será essencial para melhorar a eficácia da limpeza e reduzir as infecções. Além disso, as práticas de sustentabilidade e a utilização de produtos ecologicamente responsáveis estarão no centro das preocupações das instituições de saúde.
De acordo com Regiane Gonzalez, a Oleak tem investido continuamente em soluções que acompanham essas tendências, garantindo ambientes mais seguros, eficientes e sustentáveis. A combinação de inovação tecnológica, práticas sustentáveis e profissionais bem treinados será a chave para um ambiente hospitalar mais seguro e com menos riscos de infecções em 2025.