Com o aparecimento das novas variantes ômicron, no mundo e também no Brasil, estamos atravessando, novamente, um aumento dos casos da Covid-19. Não é surpreendente que isso esteja ocorrendo, pois sabemos que há o chamado escape vacinal, já que as vacinas contra a Covid-19 são muito eficazes na prevenção da infecção, mas nenhuma alcança os 100%. Desse modo, no último dia 18 de junho, o Brasil registrou 55 mortes e mais de 10 mil infecções por Covid-19 em 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Para falar sobre o novo cenário do Coronavírus no país, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura.
Qual o novo perfil de quem é internado por Covid-19?
Para começar, destacamos que, atualmente, o perfil dos pacientes internados por Covid-19 é de pessoas acima de 60 anos e com comorbidades. Trata-se de uma mudança no perfil dos pacientes hospitalizados, revelado pelo último boletim epidemiológico desenvolvido pelo grupo de Inteligência Médica do HCor (antigo Hospital do Coração), e divulgado com exclusividade pelo O Estado de S. Paulo.
A análise comparou os 2.277 casos de internações ocorridas entre 2020 e 2021 com os 423 pacientes internados em 2022. O resultado mostrou um acréscimo na idade média e da proporção de comorbidades apresentadas pelos infectados.
Desde o período de início da pandemia até o ano passado, a idade média dos pacientes hospitalizados era por volta de 60 anos. Em 2022, ocorreu um acréscimo de uma década (70 anos). No entanto, a maioria (91,9%) dos internados apresenta três ou mais comorbidades. Até o ano passado, esse índice era de 64,4%.
De acordo com a epidemiologista, Suzana Alves da Silva, coordenadora do Núcleo de Inteligência Médica do Hcor, “a vacina cumpriu seu papel de reduzir os casos graves de Covid-19, já que as pessoas com menos comorbidades praticamente sumiram do hospital’’.
Apesar do perfil de maior risco dos internados em 2022, a necessidade de UTI diminuiu de 37,1% para 29,1%, enquanto que a necessidade de ventilação mecânica caiu de 8,3% para 5,2%.
“Essa tendência mostra que as vacinas continuam tendo um bom prognóstico protetor contra a Covid-19, mesmo na onda ômicron”, afirma Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Estudos também indicaram que as vacinas diminuíram as sequelas das infecções pela atual variante”, completa.
Aumenta atendimento nos pronto-socorros
De abril para junho deste ano, houve um aumento na busca por atendimento nos pronto-socorros. No HCor, a taxa de positividade para Covid-19 aumentou em 30 pontos percentuais. Já a taxa de internação que era de 7% em abril subiu para 9% em junho.
Desse modo, embora a variante ômicron pareça causar patologias menos graves nas pessoas, seu grau de transmissibilidade é alto. Neste sentido, a médica do Hcor aconselha que as pessoas não descuidem das medidas de prevenção, como a higiene de mãos e uso de máscara em ambientes fechados e também em locais abertos ou em situações de aglomerações.
Outra recomendação vem do Dr. Prof. da UFRJ, Roberto Medronho, que é de atualizar a cobertura vacinal de acordo com o calendário determinado pelas autoridades de saúde. Além disso, ele acrescenta que as medidas de isolamento social e o uso de máscaras contribuem contra a infecção e reconhece os impactos sociais e econômicos até mesmo psicológicos gerados à sociedade.
Comitê de saúde de SP volta a recomendar uso de máscaras em locais fechados
Por fim, em decorrência do novo cenário da Covid-19 que o País atravessa, com alta de mais de 100% de internações pela doença em maio, o Comitê de Saúde do Governo de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras em locais fechados. Para as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, a orientação é que a proteção seja usada inclusive em ambientes abertos.
Desse modo, além do uso da máscara, ressaltamos a importância vital de se manter no dia a dia os cuidados de higiene, limpeza e desinfecção para prevenção e combate à Covid-19. Para isso, conte com as soluções da Oleak. Acesse o site e conheça nossos produtos.
Até o próximo!
Referências:
CNN acesso em 18/06/2022.
Comitê do Senado acesso em 01/06/2022
Folha de Pernambuco acesso em 18/06/2022