O outono chegou e, com ele, temperaturas mais baixas. É muito comum que, nesta época, comecem a surgir mais problemas respiratórios, como gripes e resfriados. Mas você sabia que não é a temperatura que nos deixa doentes? Na verdade, o que acontece é que os vírus que mais comumente são responsáveis pelas gripes e resfriados têm mais facilidade de se propagar no frio. Inclusive, você sabe a diferença entre uma gripe e um resfriado? Para descobrir e saber como se manter protegido e saudável nesta temporada, acompanhe a leitura deste artigo!
Qual a diferença entre gripe e resfriado?
De início, vamos entender que, apesar de usarmos os termos de forma genérica para nos referirmos a sintomas como nariz entupido, espirros e dor de cabeça, há diferenças entre gripe e resfriados. As gripes e os resfriados são causados por vírus diferentes, portanto, apresentam algumas características específicas que permitem a diferenciação. Veja só:
- Gripe
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza dos tipos A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A o maior causador de grandes pandemias.
Sobre os sintomas, a gripe tem como principais: febre alta, dor no corpo, tosse com secreção e dor de garganta. Geralmente, os sintomas da gripe duram sete dias, mas, ao longo deste período, vão reduzindo de intensidade, já que se trata de uma doença auto-limitada.
No entanto, quando os sintomas se arrastam de forma intensa por mais tempo, é preciso acionar o sinal de alerta.
- Resfriado
O resfriado, por sua vez, também é uma infecção respiratória, causada, na maioria das vezes, pelo rinovírus, que apresenta sintomas mais amenos do que os da gripe. Entre os principais sinais de um resfriado estão: coriza, congestão nasal, tosse seca, espirros e, eventualmente, febre baixa. A recuperação também é mais rápida e, em geral, o resfriado não impossibilita o paciente de executar suas atividades, ou seja, não atrapalha a sua rotina.
Por que ficamos doentes quando as temperaturas ficam mais baixas?
Bem, como falamos no início, é comum escutarmos que o tempo frio é o responsável por nos deixar doentes, mas não é bem assim.
Na verdade, o que ocorre é que muitos vírus, incluindo o rinovírus, permanecem infecciosos por mais tempo e se replicam mais rapidamente em temperaturas mais amenas. É por isso que esses vírus que causam gripes e resfriados se espalham com mais facilidade nas estações mais frias, como outono e inverno.
Neste sentido, estudos mostram que o tempo frio pode alterar a membrana externa do vírus influenza, tornando-a mais sólida e elástica. Assim, acredita-se que este revestimento emborrachado facilite a transmissão do vírus de pessoa para pessoa.
Além disso, um outro fator que pode colaborar com o aparecimento das doenças respiratórias é o nosso corpo. Quando ele está mais fragilizado, com falta de vitamina D, por exemplo, podemos ficar mais suscetíveis à invasão e instalação do vírus. O sedentarismo também é um exemplo de fator que pode facilitar quadros de gripes e resfriados.
No caso da vitamina D, durante os períodos mais frios do ano, é comum que as pessoas recebam menos luz solar. Isso pode interferir diretamente na saúde do nosso sistema imunológico, pois o sol é a principal fonte de vitamina D, responsável pelas funções dos linfócitos T e B, essenciais para nossa proteção contra agentes causadores de doenças.
Já em relação ao sedentarismo, os dias mais frios levam a uma queda na prática de exercícios físicos. E, desse modo, a falta de atividade interfere na capacidade do corpo em combater doenças, uma vez que os exercícios contribuem para o aumento de linfócitos. Segundo o professor José Carlos Farah, a prática regular da atividade física previne fatores de riscos de doenças crônicas.
Transmissão e prevenção de gripes e resfriados
Vamos agora às formas de transmissão e prevenção das gripes e resfriados. Tanto em um, quanto em outro, a transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva do indivíduo infectado que entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa. Essa transmissão pode ocorrer por meio de espirros, tosse, fala ou do contato com objetos contaminados.
Em relação à prevenção, a vacina é a melhor maneira de se evitar a gripe e suas complicações. Por isso, todos os anos é necessário receber uma nova dose, já que sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. Importante ressaltar que a vacina previne entre 70 e 90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias como o resfriado.
Ainda sobre a vacina, seu efeito preventivo é observado cerca de duas semanas após a administração e, por isso, a aplicação da vacina deve ser feita antes do inverno, época em que ocorrem os maiores índices de infecção.
Sendo assim, o Ministério da Saúde deu início, no dia 10 de abril, à campanha de vacinação contra a gripe em todo o país. A campanha segue até o dia 31 de maio.
Mas, apesar da vacinação ser a melhor forma de prevenção, existem boas práticas que auxiliam no combate a diversos tipos de doenças, não só gripes e resfriados. Entre elas estão: lavar sempre as mãos com água e sabão, usar álcool gel, evitar tocar as mucosas como a boca, olhos e nariz, não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, copos ou garrafas, e higienizar os alimentos antes de comer.
Por fim, agora que você sabe mais sobre gripes e resfriados, as diferenças e como se proteger, conheça as soluções da Oleak em produtos de limpeza e desinfecção que ajudam no combate aos patógenos causadores de doenças respiratórias e de outros males:
Referências:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza