A infecção de sítio cirúrgico (ISC) é uma das complicações pós-operatórias mais comuns e graves, que afeta negativamente a recuperação dos pacientes e eleva os custos hospitalares.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que a incidência média de ISC seja de aproximadamente 3,8%, variando conforme o tipo de cirurgia e as condições do paciente. Para mitigar esse problema, a antissepsia adequada das mãos dos profissionais de saúde é essencial.
Neste artigo, a enfermeira especializada em infecções da Oleak, Marielly Herrera, abordará mais sobre o assunto, acompanhe!
Incidência de ISC no Brasil
De acordo com a Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, as ISCs são uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre pacientes cirúrgicos. Essas infecções prolongam a internação hospitalar em mais de sete dias, em média, aumentando os custos, a taxa de ocupação hospitalar e gerando despesas adicionais para os pacientes e suas famílias, tanto em termos pessoais quanto profissionais.
Diversos fatores aumentam a incidência de ISC, incluindo o tipo de cirurgia (como cardíaca e em pacientes com queimaduras), o ambiente hospitalar, a idade do paciente (adultos têm maior risco do que crianças) e a quantidade de bactérias introduzidas durante o procedimento cirúrgico.
Higienização das Mãos na Prevenção de ISCs
A higienização das mãos dos profissionais de saúde antes de procedimentos cirúrgicos é realizada utilizando-se antissépticos degermantes, como Clorexidina 2% ou Polivinilpirrolidona-iodo (PVPI), ou produtos à base de álcool (PBA) específicos para fricção cirúrgica das mãos. É fundamental que o produto utilizado tenha eficácia mesmo na presença de luvas, pois microfuros nas luvas podem ocorrer durante a cirurgia, aumentando o risco de infecção.
O quadro abaixo feito pelo Center for Disease Control and Prevention, divulgado pelo Ministério da Saúde no Brasil, aborda o espectro antimicrobiano e características de agentes antissépticos utilizados para higienização das mãos:
Fonte: Adaptada de CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guideline for hand hygiene in health-care settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR v. 51, n. RR-16, p. 1-45, Outubro/2002.
Eficiência e Sustentabilidade dos Antissépticos Alcoólicos
Os antissépticos pré-cirúrgicos à base de álcool, que combinam álcoois como etanol e isopropanol, têm se mostrado altamente eficazes na redução da carga microbiana nas mãos dos profissionais de saúde. Estudos indicam que soluções alcoólicas com 70% ou mais de concentração são eficazes contra uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, reduzindo significativamente a incidência de infecções relacionadas a procedimentos cirúrgicos.
Sustentabilidade e Redução de Insumos
Além de sua eficácia, os antissépticos pré-cirúrgicos oferecem benefícios ambientais significativos, eliminando a necessidade de água e insumos descartáveis, como escovas e compressas. A substituição da escovação tradicional pela fricção com antisséptico alcoólico contribui para a sustentabilidade ao economizar recursos hídricos e reduzir a geração de resíduos.
1. Economia de Água: A técnica tradicional de escovação cirúrgica consome, em média, de 6 a 10 litros de água por profissional, podendo chegar a 18 litros por procedimento. Em hospitais de grande porte, esse consumo é significativo. A adoção de antissépticos alcoólicos elimina essa necessidade, reduzindo o uso de água em até 70%.
2. Redução de Resíduos: O método tradicional gera resíduos significativos, como escovas e compressas de tecido estéril. Com antissépticos alcoólicos, esses materiais não são necessários, reduzindo o impacto ambiental e os custos para os hospitais.
Benefícios Econômicos e Operacionais
A adoção de antissépticos alcoólicos traz benefícios econômicos e operacionais substanciais para os hospitais. A simplificação do processo de antissepsia reduz o tempo necessário para a preparação pré-cirúrgica de 3 a 5 minutos para apenas 1 minuto, aumentando a eficiência das equipes. Esses produtos também são úteis em setores como Hemodinâmica, Hemodiálise, UTI e pronto-socorro, onde procedimentos invasivos profundos requerem antissepsia rigorosa.
1. Custos Reduzidos: A eliminação de insumos como água, sabão, escovas e compressas reduz significativamente os custos operacionais. Além disso, a diminuição nas taxas de infecção leva a menos readmissões e complicações pós-operatórias, reduzindo os gastos com tratamentos adicionais e prolongamentos de internação.
2. Eficiência e Conformidade: O uso de antissépticos alcoólicos facilita a conformidade com protocolos de antissepsia, devido à sua aplicação rápida e fácil. Isso aumenta a adesão dos profissionais de saúde às práticas recomendadas e garante uma antissepsia mais uniforme e eficaz, minimizando falhas humanas.
No entanto, o efeito residual dos antissépticos alcoólicos — sua capacidade de continuar agindo contra microrganismos após a aplicação — é uma limitação. Embora sejam eficientes no momento da aplicação, não mantêm ação protetora durante todo o procedimento cirúrgico.
Opticare SS: o antisséptico pré-cirúrgico de ação rápida e efeito residual de 12 horas
Para solucionar essa limitação, a Oleak desenvolveu o Opticare SS, um antisséptico pré-cirúrgico, que graças ao seu blend exclusivo de ativos, oferece efeito residual de até 12 horas.
O Opticare SS contém álcool etílico a 70%, biguanida polimérica (PHMB) e ingredientes hidratantes, como Glicerina, D-Pantenol e Vitamina E. Dessa forma, ele garante a antissepsia pré-cirúrgica das mãos de forma eficiente, eliminando microrganismos e protegendo a pele dos profissionais. Especialmente quando comparado à técnica tradicional de escovação, a preservação da pele é ainda mais evidente, por se tratar de um método muito menos abrasivo.
Seus principais atributos são:
- Único no mercado com apresentação em espuma;
- Elimina 99,99% das bactérias em 10 segundos*;
- Laudos contra: vírus, fungos e bactérias multirresistentes;
- Apresenta compatibilidade com luvas contendo composição do tipo: nitrílica, vinílica e de látex;
- Embalagem em sistema fechado;
- Dosador touch free com regulagem da dispensação do produto;
- Espalha fácil sem escorrer ou pingar.
*A Anvisa (nota técnica 1 – 2018) preconiza que o procedimento seja realizado em, ao menos, 1 minuto.
Considerações
A transição para o uso de antissépticos alcoólicos na antissepsia pré-cirúrgica representa um avanço significativo na prevenção de infecções de sítio cirúrgico. Além de sua comprovada eficácia na eliminação de microrganismos, essa prática oferece benefícios substanciais em termos de sustentabilidade e eficiência operacional.
A transição para o uso de antissépticos alcoólicos na antissepsia pré-cirúrgica representa um avanço significativo na prevenção de infecções de sítio cirúrgico. Além de sua comprovada eficácia na eliminação de microrganismos, essa prática oferece benefícios substanciais em termos de sustentabilidade e eficiência operacional.
Marielly reforça que o uso do Opticare SS, por exemplo, permite que os hospitais reduzam custos e consumo de água sem comprometer a segurança dos pacientes, além de contribuir para um ambiente hospitalar mais sustentável, eficiente e seguro. Portanto, a incorporação de antissépticos alcoólicos como o Opticare SS reafirma o compromisso das instituições de saúde com a excelência no cuidado ao paciente e a responsabilidade ambiental, representando um marco no controle de IRAS.